Em junho, os moradores da Avenida Deputado Enéas Carneiro, em Santo André, na região do ABC, podem ter que atualizar seus endereços. A via deve passar a se chamar Avenida Eloá Cristina Pimentel, em homenagem à adolescente de 15 anos morta em 2008 pelo ex-namorado após ser mantida como refém por mais de cem horas em seu apartamento.
A nova mudança é resultado de uma confusão entre dois vereadores da cidade. No começo do ano, o vereador Alemão do Cruzado (PSL) apresentou um projeto que dava nome a diversas ruas do Jardim Santo André.
Apenas em março quando um outro vereador, Geraldino Isqueiro (DEM), apresentou projeto dando o nome de Eloá para a avenida, Alemão percebeu que havia esquecido da via. Tratou de apresentar uma emenda ao seu projeto e conseguiu batizar o local antes de Isqueiro.
A confusão é aumentada pela falta de placas nas ruas. Em diversas vias percorridas no Jardim Santo André, somente as duas placas que indicam a antes Avenida Dois/Rua dos Dominicanos como Avenida Eloá foram encontradas. Segundo os moradores, as placas foram colocadas há cerca de três meses. “Tiraram a que dizia ‘Rua dos Dominicanos’ e colocaram essa. Tanto que a gente já chama de Avenida Eloá. Aqui está tudo bagunçado em relação ao nome da rua”, disse a comerciante Fátima de Souza, que acreditava que a mudança já havia ocorrido.
Para ela, a homenagem à jovem morta no bairro é indiferente. Para outro morador, entretanto, a mudança só faz lembrar ainda mais a fama de bairro violento. “Isso é uma droga. Tanta coisa para se preocupar e vão mudar o nome. O nosso bairro já é famoso, falam que é o mais perigoso da cidade. Isso que aconteceu aqui [a morte de Eloá] foi um horror, mas não podem dizer que aqui só tem bandido. Tem pai de família também”, disse o comerciante Augusto Nunes, de 41 anos. “Se fosse assim, tinham que mudar também o nome da rua onde a Isabella [Nardoni] morreu.”
Concordo com “seu” Augusto, igualdade com todos, e como ele disse, não é só porque a Indianopolis só tem Traveco que tambpem não pode ter umas Prosts.
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* Eloá foi morta no ano passado, em Santo André, no mesmo bairro onde acontece este “conflito”, para os desavisados.
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